




Várias causas estão na raiz do problema, ainda pouco conhecido entre as mulheres. A boa notícia é que a perda de cabelo tem tratamento, com excelentes resultados.
Símbolos de força e vaidade, os cabelos consomem grande parte do tempo da mulher. Mas o que fazer quando um dos maiores ícones da feminilidade começa a dar sinais de enfraquecimento e queda? A calvície feminina existe, mas felizmente pode ser tratada com eficiência.
O problema se caracteriza pela rarefação e perda definitiva dos cabelos, tem várias causas e pode acomenter homens e mulheres. No entanto, elas representam apenas de 5 a 10% do público que procura a cirurgia para tratar a calvície. “Uma provável causa é a falta de informação de que é possível realizar o transplante capilar nelas. Essa pode ser a solução definitiva para quem já fez vários tratamentos clínicos sem o resultado esperado”, afirma o cirurgião plástico Márcio Crisóstomo, membro da International Society of Hair Restoration Surgery e da European Society of Hair Restoration Surgery.

Análise do couro cabeludo por microscopia digital ajuda a avaliar o melhor tratamento. Em casos avançados de rarefação, o transplante capilar é indicado, feito por um cirurgião plástico com equipe especializada neste procedimento.

A calvície pode evoluir desde uma rarefação leve na parte superior da cabeça até ausência quase total dos pelos em casos graves. A avaliação quase total dos pelos em casos graves. A avaliação inicial (exame clínico e microscopia digital do couro cabeludo) deve ser feita por um médico dermatologista que, se necessário, solicitará exames para afastar a possibilidade de doenças como anemia, distúrbios hormonais ou outras que causem a queda do cabelo. A etapa seguinte é o tratamento com medicações orais, loções e xampus, conforme o caso. Outras opções são o Laser de Baixa Potência e os LED (Light Emitting Diodes), que estão em fase de estudos clínicos, mas vêm sendo úteis na redução da queda e na melhoria da qualidade dos fios. Em estágios avançados, quando o problema interfere na rotina e vários prodecimentos foram realizados sem o efeito desejado, a solução pode ser o transplante capilar.
TRANSPLANTE CAPILAR: SOLUÇÃO DEFINITIVA
O transplante capilar é uma sub-especialidade da cirurgia plástica e oferece excelente resultados, tanto em termos de volume como em naturalidade. No procedimento, são retirados fios da região posterior e lateral da cabeça, mais resistente à queda. Por isso, é fundamental que a paciente tenha uma boa densidade nestas áreas doadoras, para não limitar o procedimento. A resistência dos fios desta região é preservada no transplante e, assim, o resultado obtido é definitivo.
Segundo o Dr. Márcio Crisóstomo, o implante capilar tem outras indicações. “Podemos realizar a cirurgia em pessoas que apresentam a testa muito alta ou quem fez cirurgia plástica e apresenta sinais como elevação do pé do cabelo (na costeleta). Essa alteração poderia denunciar que a plástica foi realizada e impede que a paciente faça um penteado para trás, por exemplo”, ressalta.
Para garantir a segurança e a eficiência desta intervenção, é preciso procurar um cirurgião plástico especializado na área de transplante capilar, que deve contar com uma equipe treinada para o preparo dos fios retirados em microscópios especiais. Esse é um dos pontos principais para a naturalidade do procedimento.
Em seguida, os fios são implantados em finas incisões, que não deixam cicatrizes, e são posicionados para nascer com a mesma inclinação e distribuição do cabelo natural. A cirurgia dura cerca de cinco horas, e milhares de fios são implantados em um único procedimento. Nas mulheres, o número médio é de cinco a sete mil fios. A anestesia é local e a paciente pode retornar às atividades usuais em 48h. Dr. Márcio Crisóstomo enfatiza que, no pós-operatório, alguns fios naturais da área implantada sofrerão queda devido ao processo cirúrgico. “Esta condição pode ser incômoda para muitas pacientes e pode afastá-las da cirurgia, mas é temporária. Em dois ou três meses os cabelos voltam ao normal”, destaca. O cabelo que nasce irá crescer normalmente, ficará branco com o tempo e pode, inclusive, receber tratamentos. Assim, a medicina traz uma resposta satisfatória a um antigo problema, que incidia diretamente na autoestima feminina.